quarta-feira, 11 de maio de 2011

Noite de Surpresas

Joana tinha 22 anos, para ela era um absurdo, ficar ali, na companhia das suas músicas, vinho, livros, pc... sozinha não tem sentido. Faltava-lhe calor, alguém para compartilhar e dividir aquela noite maravilhosa.

Observava a lua da sua janela, alguma coisa a estava a chamar para a rua...para a noite, e ela não pode recusar, não quês recusar.

Eram mais ou menos onze da noite quando decidiu então ir para boate já conhecida. Banho, maquilhagem, roupas, essências, apetrechos diversos...

E já passava da meia-noite…

Próxima da discoteca via as ruas desertas. Mas achou que fosse culpa do mau tempo. Nem toda a gente sai de casa a meio de uma tempestade. As ruas estavam vazias...Normalmente estavam cheias de carros turbinados, com os rádios altos, homens bêbados e algumas pessoas que apenas queriam uma noite mais divertida do que num apartamento vazio e frio.

Parou à porta da discoteca mas não estava ninguém... nenhum segurança, cliente, bêbado, drogado, nada. Apenas uma placa que dizia: “Caça aos Vampiros Hoje!”

“Vampiros? Eles estão malucos? Deixar tudo aberto e sair à procura de vampiros?” Muitas perguntas pairavam na sua mente… “é melhor ligar a um conhecido atrás de respostas” pensou ela, encontrou uma cabine telefónica e caminhava em direcção a ela. Porém enquanto caminhava, começou a sentir uma estranha sensação de que estava a ser seguida... observada, mas alguma coisa lhe diz que é melhor fingir que nada aconteceu.

Continuou até à cabine e apoiou a sua bolsa para procurar a agenda, não demorou muito para voltar a sentir aquela sensação de que estava a ser vigiada, mas, fingiu não sentir presença alguma. Sentiu respiração na sua nuca, um perfume estranho e uma voz sublime e hipnotizante a dizer-lhe que o seguisse.

Foi puxada e guiada por uma mão masculina, forte, quente, macia, que lhe fez esquecer a bolsa, a ligação, as ruas desertas e principalmente do possível perigo que podia estar a correr.

Tonta e sem entender o que estava a acontecer, não ofereceu resistência e simplesmente o acompanhou, quieta e calada como uma boa menina.

Quando deu por si já estavam dentro da discoteca, que estava vazia. Mesas vazias, bar vazio, pistas sem corpos suados a dançar...

Ele deixa-a sentada no bar e passa para o lado de dentro, e prepara uma bebida. Mas ela ainda não conseguiu entender porque não fez nada, porque estava sem reacção. Ele era alto, jovem, não devia ter mais do que 25 anos, tinha um corpo magro, porém atlético, usava roupas negras, correntes que brilhavam um bocado, cabelos levemente encaracolados e um pouco compridos que lhe caiam no rosto, que ele mantinha baixo já há muito tempo, concentrado nas bebidas que preparava.

- Acalme-se! – Disse-lhe ele -Logo eles vão ver a loucura que fazem, logo vão ver que isso é uma grande tolice... que é impossível caçar vampiros!

- Por que é que diz isso? – Perguntou ela.

- Porque... não sei bem…

Ele encostou-se mais para perto do seu rosto e tocou a com as suas mãos.

- Acreditas em vampiros, rapariguinha?

- Claro! Tu não?

Ele beijou-a... Ficou ali com ele sentindo cada toque dos lábios dele nos seus… os doces lábios quentes dele deixam os desejos fluírem, carinhosamente ela encaminhou os lábios para o pescoço dele e finalmente saciou a sua sede até que a pele quente dele ficou gelada e embranquecida. Largou o corpo no chão e voltou para casa.





A noite é linda e cheia de surpresas...

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